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PRODOC – Arquiteturas dos Quilombos da Bahia
Autor: Fábio Macêdo Velame

A palavra Quilombo vem da língua Quibundo, de origem Bantu (povos de Angola e Congo da África Meridional), que significa ‘’Fortaleza’’, e, ainda, ‘’Aldeia de Africano no Mato’’. Recebe, porém, outras denominações por toda a América. Na América Espanhola são chamados de Palanques ou Cumbes. Na América Inglesa são denominados de Marrons. Na América Francesa são chamados de Grand Marronage. E, na América Portuguesa são denominados de Mocambos ou Quilombos. Mas todos eles empregados como espaço de resistência cultural, social e material de escravos africanos, crioulos e mestiços ao sistema escravagista no Novo Mundo.

O projeto Arquiteturas dos Quilombos da Bahia visa levantar, sistematizar, e analisar as arquiteturas das Comunidades Remanescentes de Quilombos certificadas pela Fundação Cultural Palmares e em processo de titulação pelo INCRA no estado da Bahia, na perspectiva de ampliar o conhecimento sobre as arquiteturas produzidas por povos e comunidades tradicionais, sobretudo, comunidades remanescentes de quilombos, visando trazer essa problemática para o campo disciplinar da Arquitetura e do Urbanismo, sistematizar e produzir conhecimento sobre as arquiteturas dos quilombos na Bahia, instrumentalizar estudantes de arquitetura para o desenvolvimento de programas, projetos e ações voltadas para comunidades quilombolas, e compor um conjunto de informações sobre arquiteturas dos quilombos da Bahia que possam subsidiar as politicas públicas dos órgãos governamentais e tutelares dos povos e comunidades tradicionais (SEPPIR, FCP, SEPROMI, SEMUR).

Nesse viés, entendemos a arquitetura como o lugar do encontro do patrimônio material e imaterial das comunidades remanescentes de quilombos, a partir dos seguintes aspectos e relações: 

  • ARQUITETURA E TERRITÓRIO (micro economia local, natureza - ciclos da lua, maré, chuvas, estações do ano, materiais, técnicas construtivas)
  • ARQUITETURA E CULTURA (temporalidades, manifestações culturais, festividades, rituais)
  • ARQUITETURA E ETNICIDADE (processos de construções identitárias - primordial, relacional, situacional)

O triple território, cultura e etnicidade não constituem categorias de analise estanques e isoladas, mas relacionais, circulares, que se conectam e compõem a arquitetura enquanto manifestação do patrimônio material e imaterial afro-brasileiro.

A Bahia é segundo estado em número de quilombos reconhecidos pela Fundação Cultural Palmares, são 549 comunidades quilombolas em todo o estado, atrás apenas do estado do Maranhão com 856 quilombos. Serão trabalhados uma comunidade quilombola por região do estado: Salvador e Região Metropolitana (Simões Filho) – Quilombo Pitanga dos Palmares; Recôncavo Baiano (Maragojipe) – Quilombo Salamina Putumuju; Baixo Sul (Valença) – Quilombo dos Arueira; Sul e Extremo Sul (Camamu) – Quilombo da Jaqueira; Sudoeste (Vitória da Conquista) – Quilombo Barrocas; Chapada Diamantina (Rio de Contas) – Quilombo Bananal; Vale do São Francisco e Oeste (Bom Jesus da Lapa) – Quilombo Rio das Rãs; Semi-Arido (Senhor do Bonfim) – Tijuaçu.




PIBIC
Aluno 1: Leandro Carlos da Silva Santos
Aluno 2: Marco Antônio Santos da Paixão
Aluno 3: Tâmara Lucia Nascimento Nogueira

PRODOC

Aluno 1: A definir


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